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Nova era política: PSOL, desiludido com o governo, anuncia candidatura autônoma para 2026
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Nova era política: PSOL, desiludido com o governo, anuncia candidatura autônoma para 2026

O deputado estadual Hilton Coelho, do PSOL, anunciou uma reviravolta estratégica para o cenário político baiano: o partido terá sua própria candidatura para o governo do Estado nas eleições de 2026. Segundo Coelho, essa decisão nasce de uma análise crítica da atual gestão de Jerônimo Rodrigues (PT), da qual o PSOL participou por nove meses, mas cujas propostas foram sistematicamente ignoradas.

Durante uma entrevista exclusiva, Hilton Coelho destacou que o PSOL optou por retirar seus militantes do conselho político do governo, rejeitando a continuidade de uma aliança que não atendeu às expectativas do partido. “Com certeza o PSOL vai ter candidatura própria. Isso reflete a leitura que temos sobre o governo de Jerônimo, que não acolheu nossas propostas”, afirmou o deputado.

Entre os nomes que despontam na disputa estão figuras com histórico de participação em eleições, como Kleber Rosa – que concorreu ao governo em 2022 e à Prefeitura de Salvador em 2024 –, Tâmara Azevedo, Dona Mira, e os vereadores Hamilton Assis e Eliete Paraguaçu, além do próprio Hilton Coelho. O recuo do PSOL na formação da base de apoio ao governo petista evidencia um descontentamento crescente, sobretudo em áreas como segurança pública, onde o deputado critica a adoção de um modelo confrontacional em detrimento de investigações robustas e políticas sociais estruturantes.

Além disso, o PSOL amplia sua crítica à agenda governamental, apontando falhas na política ambiental, na educação e no trato com os servidores públicos. Em uma iniciativa recente, o partido protocolou um projeto de lei que propõe o fim da escala 6×1 e a redução da jornada de trabalho para 32 horas semanais para os servidores estaduais e trabalhadores do setor público – medidas que, segundo os críticos, são essenciais para garantir serviços de qualidade e dignidade para a população.

Para Hilton Coelho, a postura adotada pelo governo de Jerônimo Rodrigues, que ele descreve como autoritária e desrespeitosa, mina as bases programáticas que sustentariam um eventual acordo no primeiro turno. “Acreditamos que as políticas atuais estão comprometendo o futuro da Bahia. Não podemos mais aceitar que decisões unilaterais e a ausência de diálogo comprometam a qualidade dos serviços públicos”, concluiu.

Com essa decisão, o PSOL se prepara para uma nova fase de disputa, buscando romper com a antiga aliança e apostar em uma candidatura independente que reflita as reais demandas da população baiana para 2026.