Siga-nos nas redes sociais

Siga-nos nas redes sociais

/
/
Dentista morta em Salvador: até quando seremos reféns da violência urbana?
BANNERS-728X160PX-OSOBERANO[1]

Dentista morta em Salvador: até quando seremos reféns da violência urbana?

A trágica morte da dentista Larissa Azevedo Pinheiro, de 28 anos, vítima de uma bala perdida durante um tiroteio na Avenida Paralela, em Salvador, no último dia 14 de março, escancara a grave crise de segurança pública na Bahia. Larissa, que residia em Lauro de Freitas, estava a caminho do trabalho em uma moto de aplicativo quando foi atingida no tórax, resultando em perfurações no pulmão e no tórax. Após oito dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral Roberto Santos, ela não resistiu aos ferimentos e faleceu no sábado, 22 de março. ​

O prefeito de Itamari, cidade natal de Larissa, Everton Vasconcelos, conhecido como Dr. Tom, manifestou profundo pesar nas redes sociais: “Nossa cidade, com profunda tristeza, recebe a terrível notícia do falecimento de Larissa Azevedo Pinheiro. Essa guerreira lutou até o fim, mas nos deixou neste dia. Deus a recolheu para os Seus braços. Nesse momento de grande dor, pedimos a Deus que conforte o coração de cada familiar e amigo. Descanse em paz, Larissa!”. ​

Este caso lamentável é mais um reflexo do alarmante cenário de violência na Bahia. De acordo com dados do Atlas da Violência 2024, o estado lidera os índices de homicídios no país, com sete das dez cidades mais violentas localizadas em território baiano. Além disso, a Bahia registrou uma média mensal de 404 assassinatos ao longo de 2023, totalizando 4.848 mortes violentas, o que representa 12,2% de todos os casos no Brasil. ​

Outro dado preocupante é o baixo índice de esclarecimento de homicídios dolosos no estado. Apenas 15% desses crimes são solucionados, o pior índice do país, conforme pesquisa do Instituto Sou da Paz. Esse cenário de impunidade contribui para a perpetuação da violência e a sensação de insegurança entre os cidadãos baianos.​

A morte de Larissa Azevedo não é um caso isolado, mas parte de uma preocupante estatística. Com o falecimento da dentista, sobe para 318 o número de óbitos em tiroteios registrados na Bahia neste ano. Esses números evidenciam a urgência de medidas efetivas por parte das autoridades para combater a violência e garantir a segurança da população.​

A sociedade baiana clama por ações concretas que revertam esse quadro alarmante. A perda de jovens promissores, como Larissa, não pode ser aceita como uma triste rotina. É imperativo que o poder público assuma sua responsabilidade e implemente políticas de segurança eficientes, visando proteger a vida e o bem-estar dos cidadãos.