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Novo secretário de Comunicação tem passado conturbado na gestão PT
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Novo secretário de Comunicação tem passado conturbado na gestão PT

O novo secretário de Comunicação do governo Jerônimo Rodrigues, Marcus Vinícius di Flora, tem uma trajetória repleta de controvérsias que poucos conhecem. Em 2005, enquanto era o número dois da Secom do governo federal, di Flora foi investigado pela CPI dos Correios, que desvendou o escândalo do Mensalão. Na ocasião, ele foi convocado para explicar supostas interferências da Secretaria de Comunicação em licitações públicas.

O nome de Marcus di Flora surgiu em anotações de Karina Somaggio, ex-secretária de Marcos Valério – figura central do esquema – que registrou quatro encontros entre Valério e di Flora, incluindo jantares e reuniões tanto em Brasília quanto em Belo Horizonte. Segundo Somaggio, o ex-operador chegou a disponibilizar um motorista particular para o então tesoureiro do PT, Delúbio Soares. Um episódio que não passou despercebido foi a entrega de uma caneta Mont Blanc a di Flora, presente que, posteriormente, teria sido doado ao programa Fome Zero, simbolizando a estreita relação entre o setor público e interesses privados no governo petista.

Mesmo com esse histórico controverso, Marcus di Flora permaneceu firme na estrutura do PT. Durante sua gestão na Secom, enfrentou acusações de irregularidades em contratos de publicidade que resultaram em uma multa de R$ 30 mil pelo Tribunal de Contas da União, embora tenha sido posteriormente inocentado, conforme o Acórdão 413/2012. Contudo, as suspeitas persistem, especialmente sobre a influência direta da Secom em editais de estatais como os Correios e o Banco do Brasil, favorecendo empresas ligadas a Marcos Valério.

Em seu depoimento à CPI, di Flora negou qualquer negociação com Delúbio Soares, mas admitiu ter se reunido frequentemente com o ex-tesoureiro e com Valério “para conhecer a nova política de comunicação do governo”. Enquanto isso, antigos presidentes dos Correios responsabilizam a Secom, sob sua gestão, pelos contratos milionários de publicidade firmados naquele período.

Essa história reacende o debate sobre os limites entre a atuação técnica e a interferência política em setores estratégicos da administração pública, especialmente em um contexto onde a transparência e a ética continuam a ser exigidas pela sociedade.