“Nossa aliança é com o povo”, diz Neto ao retomar agenda na Bahia

Durante entrevista coletiva realizada em Santo Estêvão, no domingo (21), o ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, reafirmou o distanciamento de seu partido em relação ao governo federal e indicou a iminente formalização de uma federação com o Progressistas. Segundo Neto, as negociações estão avançadas e o anúncio oficial deve ocorrer nas próximas semanas.​

“Não tenho dúvida de que, em 2026, o União Brasil não estará no mesmo palanque do governo e nem do presidente Lula. Estamos caminhando para a oposição”, declarou. Ele destacou que a aliança entre os dois partidos pode formar um dos grupos políticos mais influentes nas eleições presidenciais de 2026.​

Além da articulação nacional, ACM Neto confirmou que dará início a uma nova maratona de viagens pelo interior da Bahia, reforçando sua estratégia política para 2026. “Ainda essa semana vamos para a região de Ilhéus, passaremos dois dias por lá. A ideia é que essas agendas ocorram quinzenalmente ou até semanalmente, dependendo dos ajustes”, explicou.​

O ex-prefeito relembrou a intensa jornada feita nos anos de 2021 e 2022, quando visitou mais de 330 municípios durante a pré-campanha ao governo do estado. “Minha sustentação principal e aliança mais forte pensando em 2026 é com o povo da Bahia. Essa é a nossa linha de estratégia e é assim que a gente espera crescer e ter uma candidatura competitiva no ano que vem”, completou.​

A possível federação entre União Brasil e Progressistas, se consolidada, reuniria uma força política significativa, com 108 deputados e a terceira maior bancada do Senado, além de seis governadores e um quarto dos prefeitos do país. Essa composição poderia complicar os planos de reeleição do presidente Lula e se transformar em uma peça-chave no cenário político nacional para 2026.​

Na Bahia, a formação da federação enfrenta desafios, uma vez que o Progressistas mantém uma posição de cooperação institucional com o governo estadual, enquanto o União Brasil adota uma postura de oposição. As negociações continuam, e a definição sobre a federação deve ocorrer nas próximas semanas.​