Faltando pouco mais de um ano para o início oficial da corrida presidencial, os sinais vindos das pesquisas começam a desenhar um cenário preocupante para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, divulgado nesta semana, 51,9% dos brasileiros afirmam que não votariam em Lula de forma alguma em 2026 — o maior índice de rejeição entre todos os nomes testados até aqui.
Em um país onde a memória política é curta, mas o impacto da realidade cotidiana pesa, a alta rejeição do presidente petista aponta para um desafio concreto de reconexão com a base popular que o elegeu. Nomes como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aparecem com 46,4% de rejeição, seguido de Michelle Bolsonaro (43,9%) e Tarcísio de Freitas (37,1%), governador de São Paulo.
📉 O levantamento reflete não apenas a polarização já conhecida do cenário nacional, mas também uma crescente insatisfação com os rumos do governo. Dados da pesquisa Genial/Quaest, divulgada no início de abril, mostram que a desaprovação ao governo Lula chegou a 56%, o maior índice desde o início do atual mandato. A aprovação caiu para 41%, consolidando a percepção de que o Planalto enfrenta um desgaste acelerado.
🔍 Entre os motivos citados por analistas políticos e pela própria população ouvida nas pesquisas qualitativas, destacam-se:
A alta do custo de vida e a dificuldade em conter a inflação;
A sensação de insegurança nas grandes cidades, sobretudo no Norte e Nordeste;
A falta de clareza nas medidas econômicas;
E o distanciamento crescente entre discurso e entrega prática do governo.
📍 O cenário é ainda mais sensível em redutos históricos do lulismo, como o Nordeste, onde pesquisas regionais indicam uma erosão no apoio popular, especialmente entre os jovens e trabalhadores informais — dois grupos que foram centrais na eleição de 2022.