Com o encerramento do contrato da ViaBahia se aproximando, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) corre contra o tempo para lançar a nova licitação das rodovias BR-324 e BR-116 — dois dos principais eixos rodoviários do estado da Bahia.
Mas a velocidade com que o processo está sendo conduzido preocupa especialistas, parlamentares e entidades do setor produtivo.
A atual concessão, marcada por tarifas elevadas e investimentos abaixo do prometido, foi alvo de inúmeras críticas e ações judiciais. Agora, a pressa em licitar uma nova empresa sem a devida análise aprofundada do modelo de concessão pode repetir — ou até agravar — erros do passado.
O principal receio é que a nova concessão:
Mantenha tarifas altas;
Não traga investimentos necessários em duplicação, manutenção e segurança;
Engesse futuras adequações para atender o crescimento da demanda logística do estado.
Parlamentares baianos já cobram publicamente da ANTT mais diálogo e transparência no processo. Há pedidos para que as propostas sejam revistas, considerando prazos mais justos, valores de pedágio mais equilibrados e contrapartidas efetivas de melhoria.
O setor produtivo, especialmente o agronegócio e a indústria de transformação, também se mostra inquieto: rodovias deterioradas e pedágios caros impactam diretamente o custo do transporte e, por consequência, o preço final dos produtos.
📍Mais do que uma licitação, está em jogo o futuro da mobilidade, da competitividade econômica e da segurança viária na Bahia. Pressa agora pode custar caro — e deixar o estado, mais uma vez, com estradas abandonadas e promessas descumpridas.