Em meio à turbulência causada pela exoneração de Carlos Lupi do Ministério da Previdência, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), minimizou os impactos políticos da saída do pedetista e garantiu que a relação com o PDT no estado segue inabalada.
Durante cerimônia em Salvador nesta segunda-feira (6), Jerônimo afirmou que o episódio envolvendo denúncias no INSS e a queda de Lupi do governo federal “não interfere na aliança firmada com o PDT na Bahia”. “A relação com o PDT aqui é política e partidária. A indicação do ministério era uma escolha do presidente Lula. São coisas distintas”, disse o governador.
A declaração ocorre menos de duas semanas após o PDT oficializar apoio à gestão petista na Bahia. A parceria é estratégica para a base governista no estado, especialmente diante das tensões nacionais provocadas por suspeitas de fraudes e favorecimentos políticos no INSS — pasta que estava sob o comando de Lupi até sua exoneração.
Apesar das denúncias que abalaram a permanência do aliado no governo federal, Jerônimo adotou tom elogioso ao se referir ao ex-ministro: “Lupi tem força e experiência. Vai fazer falta ao governo federal”, afirmou.
Nos bastidores, a movimentação do PDT no estado é vista como tentativa de preservar seu espaço político diante da crise em Brasília, mantendo-se próximo do grupo petista baiano, que controla o Executivo estadual há quase duas décadas.