Siga-nos nas redes sociais

Siga-nos nas redes sociais

/
/
Atlas da Violência: Bahia lidera tragédia entre os jovens
banner-osoberano

Atlas da Violência: Bahia lidera tragédia entre os jovens

O novo Atlas da Violência 2025 acendeu mais um alerta vermelho para a Bahia: o estado aparece com a segunda maior taxa de homicídios entre jovens no país, com 113,7 mortes por 100 mil habitantes entre 15 e 29 anos. Apesar de uma discreta queda de 3,4% em relação a 2022, o número ainda é alarmante — e reflete o drama de uma juventude encurralada pela falta de oportunidade e pela escalada da violência.

O índice, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e Fórum Brasileiro de Segurança Pública, coloca a Bahia atrás apenas do Amapá e mais de 12 vezes acima do índice de São Paulo, o melhor desempenho do país. Em números absolutos, foram mais de 6,6 mil mortes violentas em todo o estado. Entre adolescentes de 15 a 19 anos, 945 foram assassinados só em 2023 — a maioria, homens negros e pobres.

A capital, Salvador, também segue mal posicionada: está entre as capitais mais letais para a juventude. Armas de fogo foram usadas em mais de 80% das mortes, e a principal causa dos óbitos entre jovens continua sendo a violência letal.

Mesmo com os dados oficiais, a narrativa oficial tenta mostrar otimismo. A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) afirma que houve queda nos crimes violentos entre janeiro e abril deste ano, atribuindo isso à contratação de novos policiais e ao uso de tecnologias. Mas para quem vive a realidade das periferias, a sensação de medo continua dominante — e os enterros de jovens se multiplicam semana após semana.

Enquanto isso, faltam políticas públicas de inclusão, educação, esporte e geração de renda. Falta perspectiva. E sobra silêncio institucional.

Deixe um comentário