Pela terceira vez, a Prefeitura de Vitória da Conquista notificou formalmente a empresa responsável pela obra de duplicação da Avenida Presidente Vargas. O motivo é grave: ausência de sinalização nos cruzamentos com as avenidas Rosa Cruz e Luís Eduardo Magalhães — um problema que já resultou em dois acidentes fatais em menos de quinze dias.
A obra, executada pelo Governo do Estado por meio da Pavnorte Construtora, compreende um trecho de 3,12 km que liga a Presidente Vargas ao lado leste do Anel Rodoviário, sentido Barra do Choça. O projeto, que deveria representar um avanço na mobilidade urbana, hoje expõe motoristas e pedestres ao risco diário.
A lentidão da execução somada à falta de sinalização tem provocado não só prejuízos materiais, mas, principalmente, danos humanos irreversíveis. Em ambas as vítimas fatais recentes, a tragédia poderia ter sido evitada com medidas básicas de segurança viária.
Em nota, a Prefeitura reforçou que nas três notificações enviadas à construtora foi solicitada, com urgência, a definição de prazos para a conclusão da obra e implementação da sinalização necessária. O Município considera a situação insustentável e alertou que a morosidade coloca em xeque a integridade física da população.
O que foi feito até agora?
Mesmo sem ser diretamente responsável pela condução da obra, a Prefeitura buscou alternativas para mitigar os impactos da negligência. Em setembro, por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), executou o recapeamento asfáltico da Presidente Vargas no trecho que atravessa o bairro Alto Maron. A intervenção garantiu não só mais segurança, como também melhorou o tráfego urbano naquele perímetro.
Enquanto isso, a duplicação da via, cuja importância para o fluxo intermunicipal é inquestionável, segue inacabada. O apelo da gestão municipal agora é para que o Governo do Estado assuma sua responsabilidade com a urgência que a situação exige.