O prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Júnior Marabá, subiu o tom — mas com equilíbrio — ao se pronunciar publicamente sobre sua relação com o Governo do Estado e sobre as eleições de 2026. Deixou claro que sua prioridade segue sendo a gestão municipal, e não o jogo político que já começa a ser armado nos bastidores.
“Minha relação com o governador é institucional e de respeito. Reconheço os investimentos feitos na nossa região e o bom tratamento que recebi como gestor”, declarou.
O tom diplomático, no entanto, não impediu o recado direto. Marabá foi assertivo ao afirmar que não participará de articulações eleitorais visando 2026. Segundo ele, a cidade tem sua própria identidade — e ele a respeita.
“Não vou influenciar nas eleições de 2026. A cidade tem sua identidade, e eu respeito isso.”
Em outras palavras: Luís Eduardo Magalhães não será usada como trampolim político nem será vestida com alianças que não refletem o perfil do seu povo. É um posicionamento que reconhece uma verdade silenciosa — a maioria da população é conservadora e não apoia o PT, embora a relação institucional com o governador Jerônimo Rodrigues seja reconhecida.
A fala de Marabá parece também carregar uma mensagem indireta: a de que sua gestão não será cooptada por interesses externos e que a escolha dos rumos políticos deve vir do eleitorado, e não das costuras partidárias.
Para alguns, foi uma resposta elegante aos que esperavam ver o prefeito como peça de manobra nas eleições estaduais. Para outros, um gesto estratégico que mantém portas abertas sem se comprometer publicamente com nenhum dos lados. Fato é que a atitude foi bem recebida por uma base que preza por coerência e independência.
Num tempo em que muitos gestores se apressam para mostrar fidelidade a projetos maiores em troca de apoio, Marabá sinaliza o oposto: respeito ao eleitorado antes de qualquer ambição política.