A Justiça Eleitoral cancelou 254.831 títulos de eleitor na Bahia por ausência em três eleições consecutivas sem justificativa ou pagamento das multas correspondentes. O número expressivo, divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), acende um alerta sobre o nível de engajamento e responsabilidade cívica no estado.
Somente em Salvador, maior colégio eleitoral da Bahia, foram 58.945 títulos cancelados. Os cancelamentos ocorreram entre os dias 30 de maio e 2 de junho de 2025, conforme as regras previstas na Resolução TSE nº 23.737/2024 e no Provimento da Corregedoria-Geral Eleitoral nº 1/2025.
A Justiça Eleitoral havia concedido um prazo de 60 dias, a partir de 20 de março, para que eleitoras e eleitores com pendências regularizassem suas situações e evitassem o cancelamento automático da inscrição eleitoral.
Apesar do prazo e dos canais de atendimento disponibilizados — como o aplicativo e-Título, o site do TRE-BA, o telefone (71) 3373-7000 e as unidades presenciais —, milhares de baianos não buscaram resolver a pendência.
A regularização ainda é possível e pode ser feita de forma online, pelo Autoatendimento do Eleitor na opção “Regularize seu título eleitoral cancelado”, ou presencialmente, nos cartórios e postos de atendimento da Justiça Eleitoral. Os horários e locais estão disponíveis no portal oficial do TRE-BA: www.tre-ba.jus.br.
Além das implicações políticas, o cancelamento do título eleitoral pode acarretar restrições civis importantes, como impedimento para emitir passaporte, tomar posse em cargo público ou obter empréstimos em instituições governamentais.
O processo de depuração do cadastro eleitoral reforça a importância da participação ativa da sociedade no processo democrático. Votar é um direito — mas também uma responsabilidade. E a ausência continuada pode ter consequências concretas.
