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Congresso impõe tarifa bilionária e acirra crise no Planalto
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Congresso impõe tarifa bilionária e acirra crise no Planalto

Em meio a um cenário de desacertos entre o Planalto e o Congresso, um episódio silencioso e técnico se transformou no epicentro de uma crise política com impacto direto no bolso do brasileiro. A derrubada de vetos presidenciais sobre dispositivos embutidos no projeto de incentivo a eólicas offshore — os famigerados “jabutis” — desencadeou uma reação em cadeia: elevação bilionária nas tarifas de energia, racha institucional e risco real de judicialização da pauta.

A conta é salgada: R$ 35 bilhões por ano, segundo estimativas da Abrace, entidade que representa grandes consumidores de energia. E o impacto, segundo cálculos mais conservadores, pode ultrapassar os R$ 200 bilhões até 2050.

📉 Como isso começou?
De forma discreta e articulada. O projeto original tinha como foco incentivar a geração de energia por eólicas offshore — uma medida sustentável e moderna. Mas, como já virou praxe no Congresso, vieram os acréscimos. Os jabutis. Emendas que obrigam o governo a contratar usinas termelétricas a gás, pequenas hidrelétricas e até usinas de hidrogênio verde — tudo sem concorrência. O consumidor não teve escolha. Mas vai pagar a conta.

👥 Quem está no centro da manobra?
A derrubada dos vetos não partiu de um gesto isolado. Foi uma operação coordenada por lideranças do Congresso, como Hugo Motta e Davi Alcolumbre, em nome de interesses regionais, setoriais — e, claro, eleitorais. O governo, acuado, ameaçou judicializar o caso no STF. Mas a derrota é política, não jurídica.

🛑 Por que isso importa?
Porque é a primeira vez em mais de três décadas que o Congresso impõe tamanha derrota a um decreto presidencial. É um recado direto: falta articulação, sobra ruído. E o cidadão? Mais uma vez, virou espectador — e financiador — de uma disputa entre palácios.

📌 O que está em jogo agora
Com a arrecadação enfraquecida, o governo Lula tenta manter seu equilíbrio fiscal com uma mão no caixa e outra nos votos. A conta de luz virou símbolo dessa fragilidade: técnica, política e narrativa. O consumidor, já pressionado por uma inflação estrutural, terá que arcar com o custo de uma agenda legislativa inchada por interesses particulares — e sustentada pelo silêncio da maioria.

🔎 Conclusão Soberana
A crise da conta de luz não é apenas sobre energia. É sobre transparência, responsabilidade e limites. É sobre um Congresso que estica a corda e um Executivo que assiste — inerte — à erosão da sua autoridade. Se essa corda arrebentar, não será no pé de quem propôs os jabutis. Será no pescoço de quem acende a luz todo mês e se assusta com o valor.