A política baiana pode ganhar um novo arranjo partidário nas próximas semanas. Durante o lançamento da programação oficial da festa do 2 de Julho, o secretário estadual de Governo, Cacá Leão (PP), revelou que a federação entre o Progressistas e o União Brasil deve ser oficializada até agosto.
Segundo o próprio Cacá, o entendimento entre os dois partidos já é uma realidade nos bastidores e caminha para se tornar oficial nos trâmites institucionais. O movimento reforça o alinhamento político que já se desenha em diversas instâncias, tanto no estado quanto no Congresso Nacional.
A declaração de Cacá ocorreu num momento simbólico, durante a celebração da Independência da Bahia, no Teatro Gregório de Mattos, em Salvador. Ao lado de autoridades e lideranças, o secretário destacou que a possível federação vai além da estratégia eleitoral: trata-se de um projeto de continuidade política e de fortalecimento de uma base de centro-direita com atuação pragmática na gestão estadual.
Nos bastidores, o movimento é lido como uma tentativa de consolidar forças contra o avanço petista na Bahia, especialmente com vistas às eleições municipais de 2024 e à formação de um novo bloco para as disputas de 2026. A federação também pode viabilizar a sobrevivência de partidos médios frente às cláusulas de barreira e à fragmentação política nacional.
Ainda não há confirmação oficial sobre o formato final da federação nem sobre como ficará o comando local das siglas, mas a declaração de Cacá já coloca a Bahia no centro das articulações políticas nacionais. Resta saber como esse redesenho será absorvido pelas bases e pelas lideranças locais que, por vezes, têm trajetórias independentes e interesses próprios.
Por enquanto, o que se sabe é que o jogo está em curso — e a Bahia segue como tabuleiro estratégico da política nacional.
