A aliança entre União Brasil e Progressistas, conhecida internamente como Federação União Progressista (UP), deu início a um processo de saída gradual dos cargos no governo Lula, seguindo uma estratégia clara para garantir espaço político independente no ano eleitoral de 2026.
Segundo fontes de bastidores e veículos como O Sul, Rádio Corredor e Rádio Sampaio, as legendas programam uma reunião na primeira quinzena de julho de 2025. O plano é deliberar retiradas de indicações de segundo e terceiro escalão em órgãos como Caixa, Telebras, Correios, Codevasf, DNOCS, Sudene e Sudam — com pilhagem de cargos estendida até dezembro de 2025, antes de oficializar o rompimento completo da base governista.
A iniciativa faz parte de um movimento coordenado com o propósito de “se desligar” do governo Lula antes da janela da desincompatibilização, marcada para abril de 2026, data em que os ocupantes de cargos públicos devem formalizar afastamento para concorrer nas eleições.
Hoje, a federação informal UP soma 109 deputados federais e 14 senadores, o que lhe confere força significativa no Congresso. Apesar do desgaste, a articulação inclui um grupo liderado pelo senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que tenta garantir desembarque controlado dos postos, preservando influência e acesso às emendas parlamentares.
Ainda que a saída de indicações de segundo e terceiro escalão esteja praticamente acertada, há consenso de que os ministros ligados à federação — Celso Sabino (Turismo), Frederico Siqueira (Comunicações) e Waldez Góes (Integração) — devem permanecer até o fim do ano. A frase que resume a estratégia: “visibilidade política antes do rompimento eleitoral”.
Essa estratégia faz parte do novo reposicionamento político da federação, que em abril de 2025 formalizou sua criação, unindo forças para consolidar uma narrativa opositora estruturada ao PT — com olhares voltados para a candidatura de Ronaldo Caiado (União Brasil) em 2026, conforme já antecipado em análises e entrevistas recentes.