Um levantamento divulgado pelas plataformas MonitoraBR e Zeeng revelou os 100 políticos mais influentes do Brasil no Instagram. A lista, elaborada com base no desempenho de mais de 2.600 perfis entre janeiro e junho deste ano, mostra o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), como o único representante da Bahia nesse ranking. Ele aparece na 67ª posição, com um crescimento expressivo no número de seguidores e visualizações de conteúdo.
O resultado chama atenção não apenas pelo destaque individual de Neto, mas principalmente pela ausência de outros nomes baianos em uma lista que deveria refletir também o peso político de um estado com mais de 15 milhões de habitantes.
O que esse silêncio digital da Bahia revela?
Enquanto estados como São Paulo (com 32 políticos no ranking), Rio de Janeiro (15) e Minas Gerais (8) mostram força digital, a Bahia aparece tímida, com apenas um nome na lista. A discrepância levanta uma questão importante: os políticos baianos estão se comunicando com quem? E como?
Em tempos de redes sociais dominando o debate público e influenciando decisões eleitorais, não basta fazer — é preciso mostrar o que se faz, e mostrar bem. Comunicação digital não é mais acessório. É arma. É ponte. É território político.
ACM Neto: influência construída e não herdada
O ex-prefeito de Salvador mantém uma presença digital ativa mesmo sem mandato desde 2022. Entre os dados que o colocaram no ranking estão o ganho de mais de 50 mil seguidores em apenas um mês, além de mais de 20 milhões de visualizações em vídeos publicados no Instagram.
Sua linha de comunicação tem sido estratégica: mistura bastidores, críticas, falas firmes e construção de imagem pública, mirando a direita e o centro político. Um posicionamento que fortalece seu nome, inclusive, para futuras disputas majoritárias, como 2026.
Enquanto isso, o restante da Bahia permanece offline
A ausência de outros nomes da política baiana no ranking deixa claro que muitos ainda não entenderam a dinâmica do novo jogo. Político que não sabe usar as redes fica para trás. E quem subestima a força da comunicação digital corre o risco de ser esquecido.
Estamos falando de uma Bahia que tem o 8º maior colégio eleitoral do Brasil, com desafios sociais enormes e lideranças históricas. Ainda assim, a falta de vozes influentes da Bahia no ambiente digital mostra que o estado vem perdendo protagonismo no debate nacional.
O Instagram virou palanque — e muitos não subiram nele
A nova política exige presença, posicionamento, estratégia e conexão. É isso que o levantamento mostra. ACM Neto entendeu. A maioria, não.
