Após quase três décadas afastado, Ciro Gomes está com um pé de volta ao PSDB. A filiação, dada como certa pela cúpula tucana, está prevista para acontecer na segunda quinzena de agosto e já nasce carregada de significado político: Ciro quer disputar o Governo do Ceará em 2026.
O movimento vem sendo costurado em silêncio, mas com nomes de peso nos bastidores. O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, e o ex-senador Tasso Jereissati foram peças-chave no retorno do cearense à legenda.
O encontro decisivo aconteceu em 14 de julho, em Brasília, quando Ciro, Tasso e Perillo selaram o acordo que vinha sendo amadurecido há meses.
A volta ao PSDB não é apenas um retorno partidário — é um reposicionamento estratégico. Depois de quatro disputas presidenciais, a última delas em 2022, Ciro parece ter decidido trocar o front nacional por uma batalha regional, onde sua influência política e seu histórico administrativo pesam mais.
O Ceará, que por anos foi vitrine de alianças lideradas pela família Ferreira Gomes, agora se torna novamente o centro de seus planos. Com o cenário eleitoral em constante rearranjo, a presença de Ciro no PSDB pode redefinir as alianças no estado e abrir novas frentes de disputa contra adversários que ele conhece bem.
Resta saber se esse retorno será um recomeço ou apenas mais um capítulo na longa trajetória de um dos políticos mais conhecidos — e também mais controversos — do país.