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Lupi tenta se defender de rombo bilionário no INSS
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Lupi tenta se defender de rombo bilionário no INSS

O ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi, foi ouvido na CPMI do INSS e negou qualquer envolvimento no esquema de fraudes que desviou cerca de R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas.

Em sua fala, Lupi tentou se blindar:

“Nunca acobertei. Nunca tivemos capacidade de dimensionar o tamanho do golpe. Isso só veio com investigação séria da Polícia Federal.”

O discurso, no entanto, levanta dúvidas. Afinal, como um ministério inteiro, responsável justamente por zelar pelo sistema previdenciário, não teria percebido um rombo dessa magnitude? A narrativa de que o governo não tinha a “dimensão do golpe” soa mais como confissão de incompetência do que prova de inocência.

O ex-ministro também apontou o dedo para o sistema de créditos consignados, questionando por que não se discute o fim desse mecanismo que, na prática, abriu brecha para descontos fraudulentos em benefícios de milhares de aposentados. A crítica pode até ser pertinente, mas chega tarde — depois de bilhões evaporarem sem controle.

O episódio evidencia duas falhas graves:

A vulnerabilidade estrutural do INSS, que se tornou alvo fácil de quadrilhas.

A omissão dos gestores públicos, que preferiram não enxergar o tamanho da sangria.

Seja por conveniência, seja por incapacidade, o fato é que o Estado falhou em proteger os mais frágeis — idosos e pensionistas — justamente aqueles que mais dependem do benefício para sobreviver.

O rombo de R$ 6,3 bilhões não é apenas um número: é o retrato de aposentados enganados, de famílias penalizadas e de um sistema que virou terreno fértil para fraudes. A CPMI tem agora o desafio de ir além das palavras de Lupi e apontar responsabilidades concretas. Porque a conta, como sempre, sobra para o povo.