Durante o lançamento do Natal Luz Salvador 2025, nesta quinta-feira (25), o prefeito Bruno Reis (União Brasil) elevou o tom contra o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB). O estopim foi a interferência do sindicato na votação do projeto de reajuste salarial dos professores na Câmara Municipal de Salvador (CMS), que acabou retirado de pauta na sessão da última quarta-feira (24).
Segundo Bruno Reis, a postura do sindicato é marcada por irresponsabilidade. Ele destacou que o presidente da APLB estadual não participou de nenhuma das rodadas de negociação conduzidas com a Prefeitura e, mesmo assim, orientou a base a barrar a votação.
“Esse projeto foi encaminhado há quase dois meses com a anuência da APLB. Agora chegam pedindo para não votar, alegando que não haveria acordo. Isso é descumprimento do sindicato, não da Prefeitura”, disse.
O prefeito lembrou ainda que, em 2025, a categoria já havia paralisado as aulas por 76 dias, em uma greve que ele classificou como injustificada, trazendo prejuízos aos estudantes.
Reajuste e dados apresentados
Bruno Reis defendeu que os professores da capital já tiveram o “maior reajuste do Brasil”. Ele apresentou números da folha de setembro: a média salarial da categoria chegou a R$ 10,2 mil, após um reajuste de 13,68%. O projeto em tramitação, acrescentou, já contempla outros benefícios além do aumento concedido.
Influência política e recado duro
O gestor municipal acusou o sindicato de agir movido por influências partidárias:
“O movimento da APLB tem sido orientado por questões políticas. Não há justificativa. Se há descumprimento, é por parte da APLB estadual, que quer, mais uma vez, comprometer o futuro das nossas crianças.”
A fala do prefeito expõe o desgaste entre a Prefeitura e o sindicato, reacendendo o debate sobre o equilíbrio entre as reivindicações da categoria e o impacto das greves na rede municipal de ensino.





