O café, símbolo da mesa do brasileiro e presença obrigatória em cada manhã, deve ficar ainda mais caro. De acordo com dados divulgados pela Folha de S. Paulo na coluna Café na Prensa, o preço do produto pode subir até 15% nos supermercados nos próximos meses.
A pressão não vem de agora. Com a inflação acumulada em 60%, o consumo nacional de café caiu 5,46% apenas no segundo quadrimestre de 2025. Ou seja, as famílias, já sufocadas pela alta dos preços em geral, começaram a cortar justamente no hábito mais enraizado da cultura alimentar.
Especialistas apontam que os preços podem se estabilizar apenas no fim do ano, caso a safra de 2026 confirme as expectativas positivas do mercado. Até lá, o cenário é de aperto: supermercados repassando os custos, produtores lidando com instabilidade e consumidores pagando a conta.
Mais do que uma questão de mercado, o café caro simboliza um retrato maior da economia brasileira: inflação persistente, renda corroída e ausência de políticas eficazes para equilibrar preços de itens básicos. Para o trabalhador que começa o dia com uma xícara de café, cada gole está mais caro — e cada vez mais amargo.





