O clima político na Bahia esquentou após o governador Jerônimo Rodrigues (PT) ser vaiado em pleno Festival de Forró de Mucugê, na Chapada Diamantina. Durante o evento, a prefeita da cidade mencionou o nome do governador e foi imediatamente interrompida por um coro de protestos do público, que reagiu de forma espontânea e sonora.
O episódio viralizou nas redes sociais e ganhou resposta do ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, que não deixou passar em branco:
“Quando o povo quer mudança, não tem jeito. É Mucugê falando pela Bahia”, escreveu Neto nas redes sociais.
A declaração foi recebida como um recado direto ao governo estadual, num momento em que as pesquisas começam a apontar desgaste na imagem de Jerônimo e fortalecimento da oposição em diversos municípios baianos.
🌾 Mucugê como termômetro do sentimento popular
O episódio em Mucugê ganhou relevância simbólica. Localizada no coração da Chapada Diamantina, a cidade tem forte peso cultural e histórico na Bahia — e agora se torna palco de um gesto político espontâneo que reflete insatisfação crescente com os rumos do Estado.
Para aliados de ACM Neto, o ocorrido representa mais do que um ato isolado: seria um sinal de fadiga dos 20 anos de gestões petistas, marcadas por promessas reincidentes e problemas que persistem — da segurança pública ao desemprego e à infraestrutura precária.
⚖️ Análise Soberana
As vaias em Mucugê soam como um grito popular vindo do interior.
Depois de duas décadas de hegemonia política do PT, a Bahia parece entrar em um novo ciclo de questionamento. O discurso de “governo que cuida de gente” começa a perder força diante da realidade de violência recorde, hospitais sucateados e obras inacabadas.
Ao reagir rapidamente, ACM Neto mostrou faro político: capitalizou o momento e transformou o constrangimento do governador em narrativa de mudança.
No tabuleiro de 2026, gestos como esse podem valer mais que discursos longos.





