O presidente da Câmara de Salvador, Carlos Muniz (PSDB), acendeu o debate político ao afirmar que o PSD tem mais força que o PT no cenário baiano. A declaração foi feita durante entrevista ao programa Giro Baiana, da Rádio Baiana FM 89.3, nesta quinta-feira (16), e ecoou entre lideranças da base governista e da oposição.
Segundo Muniz, a disputa por espaço em 2026 já tem um nome certo: o senador Ângelo Coronel (PSD). “Mesmo com a indefinição sobre a chapa majoritária, a presença de Coronel no Senado está garantida”, assegurou.
Ele destacou ainda que Otto Alencar, líder do PSD na Bahia, é quem dá a palavra final sobre a candidatura. “Se Otto disser que o candidato é Coronel, ninguém vai brigar. Nem Jerônimo, nem Wagner, nem Rui. O PSD é muito forte. É mais forte que o PT nas prefeituras e na estrutura do Estado”, disse o vereador.
A fala de Muniz reflete o clima de tensão dentro da base petista, que ainda busca alinhar os planos de Jaques Wagner e Rui Costa para 2026. Na avaliação do parlamentar, Wagner pode abrir mão da reeleição ao Senado, permitindo que Coronel assuma a vaga na chapa.
“Rui abriu mão do Senado para eleger Jerônimo governador. Wagner é democrático e pode repetir o gesto. Ele tem relação direta com Lula e poderia até coordenar sua campanha ou ocupar um ministério”, analisou.
A declaração de Muniz mexe no tabuleiro político e reacende o debate sobre a força real do PT na Bahia, após quase duas décadas de domínio estadual. A fala também reposiciona o PSD como peça central nas articulações de 2026, em um momento em que o equilíbrio entre as legendas da base se mostra cada vez mais instável.
🧠 Análise Soberana
A frase “o PSD é mais forte que o PT” não é apenas uma provocação — é um recado político.
Muniz, experiente e articulado, expõe a disputa silenciosa que existe dentro da base governista, onde o PSD tenta afirmar sua autonomia diante da hegemonia petista.
Otto Alencar surge como o verdadeiro fiel da balança, e Ângelo Coronel se fortalece como nome inevitável na corrida ao Senado.
Enquanto isso, Jaques Wagner avalia o futuro: ou permanece no Senado, ou volta ao centro do poder nacional com Lula.
O tabuleiro de 2026, na Bahia, começa a se desenhar — e, ao que tudo indica, o PSD quer jogar como protagonista





