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Trabalhar sem receber: denúncia de médicos pressiona governo Jerônimo
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Trabalhar sem receber: denúncia de médicos pressiona governo Jerônimo

O Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed-BA) voltou a denunciar uma situação crítica e insustentável enfrentada por profissionais da saúde em diferentes unidades do estado. Segundo a entidade, centenas de médicos seguem há meses sem receber salários, mesmo mantendo o atendimento diário à população.

Em nota publicada nas redes sociais na noite de terça-feira (21), o sindicato afirmou já ter oficiado as partes responsáveis e exigiu providências imediatas do governo e das empresas contratadas. A entidade classificou o cenário como “desumano, ilegal e inadmissível”, reforçando que trabalhar sem remuneração fere princípios básicos da dignidade profissional.

🏥 Hospitais afetados e histórico da crise

Os atrasos vêm sendo relatados desde agosto, quando o Sindimed chegou a anunciar uma paralisação geral — suspensa posteriormente por decisão judicial. À época, a presidente do sindicato, Rita Virgínia, alertou que unidades de referência como o Hospital Geral do Estado (HGE), o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), as maternidades Albert Sabin e Tsylla Balbino e o Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba) já enfrentavam meses de atraso nos pagamentos.

De acordo com o sindicato, a continuidade dos atendimentos, mesmo diante da falta de salário, é um gesto de responsabilidade dos profissionais, mas a situação chegou a um ponto “insustentável”.

🚨 Cobrança por respostas

O Sindimed-BA destacou que continuará firme na defesa dos médicos e do direito à saúde da população baiana, exigindo que o governo estadual assuma sua responsabilidade. A entidade também cobrou transparência e agilidade da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), que foi procurada pela imprensa, mas ainda não apresentou posicionamento oficial.

A crise reacende o debate sobre a gestão terceirizada da saúde pública e a precarização dos vínculos de trabalho que atinge profissionais de áreas essenciais. Para o sindicato, a omissão do poder público diante da falta de pagamento “coloca em risco tanto a assistência médica quanto a integridade de quem dedica a vida a salvar outras pessoas”.

🔎 Contexto mais amplo

Nos últimos meses, a saúde pública da Bahia vem sendo alvo de sindicatos e entidades de classe por falhas na gestão, falta de insumos e atrasos recorrentes em contratos e salários. Enquanto isso, hospitais estaduais seguem com alta demanda e superlotação, especialmente em Salvador e Região Metropolitana.

Com a crise financeira se prolongando, cresce a pressão sobre o governo Jerônimo Rodrigues (PT) e sobre a Sesab, que são apontados como responsáveis diretos pelo impasse.