O clima político na Bahia segue esquentando à medida que o tabuleiro de 2026 começa a se formar. Desta vez, quem movimentou o cenário foi o deputado federal Paulo Azi (União Brasil), que ironizou o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) e, de quebra, reforçou o nome do ex-prefeito ACM Neto como principal líder oposicionista no estado.
Durante uma entrevista recente, Azi comentou as declarações de Geraldo Júnior, que vinha tentando se firmar como uma das vozes da base governista no interior. Em tom irônico, o deputado afirmou que “na política, tem gente que tenta aparecer mais do que realiza”, e que a população já distingue quem trabalha de quem apenas faz marketing.
“O baiano é inteligente. Ele sabe quem tem história, quem tem trabalho, quem tem serviço prestado. E sabe quem vive de foto e de propaganda. O tempo é o melhor juiz”, disse o parlamentar.
A declaração foi interpretada como uma resposta direta ao vice-governador, que nas últimas semanas intensificou sua presença em eventos oficiais e encontros regionais. A movimentação de Geraldo tem sido vista como uma tentativa de ganhar protagonismo dentro da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) — movimento que causa desconforto até entre aliados do próprio governo.
🗳️ O foco na sucessão de 2026
Paulo Azi também aproveitou para reafirmar a pré-candidatura de ACM Neto ao governo da Bahia, destacando que o ex-prefeito “mantém liderança em todas as pesquisas” e representa “o desejo de mudança” da população após quase 20 anos de gestões petistas.
“Neto é o nome mais preparado, com experiência de gestão e capacidade de diálogo. É ele quem tem condições reais de colocar a Bahia no rumo do desenvolvimento”, afirmou Azi.
O deputado ressaltou que o grupo oposicionista está unido em torno de um projeto de reconstrução, com foco em segurança pública, educação e geração de empregos — temas que, segundo ele, o atual governo “transformou em slogans, mas não em resultados”.
⚙️ Contexto político
As declarações de Paulo Azi reforçam a linha estratégica do União Brasil em consolidar ACM Neto como candidato natural ao Palácio de Ondina, enquanto o governo tenta conter ruídos internos entre PT, PSD e MDB.
O próprio vice-governador Geraldo Júnior, apontado como possível nome alternativo da base, tem enfrentado resistências e ainda não conseguiu construir apoio consolidado dentro do grupo petista.
Com a oposição fortalecendo sua narrativa de renovação e o governo dividido em articulações, o cenário eleitoral da Bahia caminha para uma disputa acirrada — onde a imagem de gestor eficiente e o cansaço com as promessas não cumpridas devem pesar mais do que alianças partidárias.





