O município de Teodoro Sampaio, no interior da Bahia, pode voltar às urnas após uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reabrir o processo que questiona a regularidade da chapa vencedora das eleições de 2024.
A ação foi movida por Josenilson Ferreira Rodrigues (Nenengo) e pelo Partido Social Democrático (PSD), que apontam uma possível inelegibilidade da vice-prefeita eleita, Valdelúcia dos Reis. O caso foi analisado pelo ministro Antonio Carlos Ferreira, que determinou o retorno do processo à Justiça Eleitoral da Bahia para reavaliação das provas.
🔍 A denúncia
De acordo com a ação, Valdelúcia dos Reis mantém união estável com o ex-vice-prefeito Evilásio Magalhães Vieira, que já exerceu dois mandatos consecutivos no cargo.
Se confirmada a relação conjugal, a situação configuraria um terceiro mandato dentro do mesmo núcleo familiar — o que fere a legislação eleitoral, que proíbe alternância de cargos entre cônjuges ou parentes próximos.
O Ministério Público Eleitoral reforçou esse entendimento, destacando que “não é permitido que cônjuges ou companheiros se revezem indefinidamente em cargos executivos municipais, sob pena de burla ao princípio da alternância de poder”.
⚠️ O que está em jogo
Caso a Justiça Eleitoral da Bahia entenda que houve irregularidade, o TSE poderá anular o resultado da eleição e determinar a realização de um novo pleito municipal.
Na prática, isso significaria o fim do mandato da atual chapa e uma nova disputa política em Teodoro Sampaio — município que vive um cenário de forte polarização local.
🧩 O pano de fundo político
A decisão reacende o debate sobre o uso de vínculos familiares na política municipal, um fenômeno antigo na Bahia, onde alianças familiares ainda são usadas como estratégia para manter grupos no poder por décadas.
Enquanto o processo segue para reanálise, a população de Teodoro Sampaio vive a expectativa de ver a Justiça eleitoral definir se houve fraude ou apenas coincidência.





