O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), recebeu nesta segunda-feira (10) um grupo de empresários baianos e representantes da Associação Comercial da Bahia (ACB) para um almoço no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte.
O encontro foi marcado por trocas de experiências sobre gestão pública e desenvolvimento econômico, mas nos bastidores, o gesto foi visto como um movimento estratégico de Zema em direção à articulação nacional para as eleições de 2026.
🤝 A Bahia no radar mineiro
Entre os presentes estavam a presidente da ACB, Isabela Suarez, o presidente da FAEB, Humberto Miranda, o empresário Neto Bahia (UNAGRO), Joaci Góes (Instituto Histórico da Bahia), além de nomes como José Roberto Torinho (Grupo Aliança), Marcos Vinícius (Grupo Veritas) e o advogado Manoel Machado.
O encontro contou ainda com os vice-presidentes da ACB, Ricardo Luzbel e Guilherme Travisani.
Durante a reunião, Zema destacou o modelo de gestão de Minas Gerais, baseado em responsabilidade fiscal, incentivo à iniciativa privada e ambiente de negócios previsível. O governador ressaltou que o estado mineiro conseguiu equilibrar as contas públicas e ampliar a atração de investimentos, mesmo em meio à crise nacional.
🗣️ Convite aceito
A presidente da ACB, Isabela Suarez, aproveitou o momento para convidar Zema a visitar a sede da entidade em Salvador, onde deve participar de um encontro com empresários baianos para compartilhar experiências e debater políticas de desenvolvimento regional.
O convite foi aceito, e a visita deve acontecer nos próximos meses.
🔍 Entre o discurso e a estratégia
Embora o evento tenha sido apresentado como institucional, o movimento tem claro peso político.
Zema vem sendo apontado como um dos nomes que podem disputar a Presidência da República em 2026, representando uma terceira via liberal, fora dos polos Lula e Bolsonaro.
Ao dialogar com lideranças empresariais da Bahia — estado historicamente dominado pelo PT —, o governador mineiro envia um recado direto: há espaço no Nordeste para quem fala a língua da eficiência, da gestão técnica e do empreendedorismo.
O almoço em Belo Horizonte foi mais do que uma reunião de cortesia: foi um ensaio de aproximação política e econômica entre dois estados que podem se cruzar nos bastidores da próxima eleição presidencial.
Se o tabuleiro de 2026 já começou a ser montado, Zema acaba de colocar uma peça importante — e o movimento partiu da Bahia.
