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Bahia entre os piores: informalidade ultrapassa 51% e revela crise profunda no mercado de trabalho
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Bahia entre os piores: informalidade ultrapassa 51% e revela crise profunda no mercado de trabalho

Os novos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam um retrato preocupante do mercado de trabalho brasileiro — e ainda mais alarmante para o Norte e Nordeste.
Segundo a Pnad Contínua referente ao 3º trimestre de 2025, seis Estados do país já possuem mais trabalhadores informais do que formais: Maranhão, Pará, Piauí, Amazonas, Bahia e Ceará.

Em todos eles, a informalidade supera a média nacional, que hoje está em 37,8%.

O Maranhão lidera com folga, alcançando 57% de trabalhadores sem carteira assinada ou sem qualquer garantia trabalhista. Logo atrás aparecem Pará (56,5%), Piauí (52,7%) e Amazonas (51,5%).
A Bahia, maior Estado do Nordeste, também figura no ranking negativo, com 51,5% de informalidade. Ceará acompanha de perto, com taxa de 51,1%.

A estatística mostra que Norte e Nordeste inteiros estão acima da média do país, evidenciando uma crise estrutural que se aprofunda e reforça desigualdades históricas.

38,7 milhões de brasileiros trabalham na informalidade — maior número da série histórica

O país registrou 38,7 milhões de trabalhadores informais, enquanto o total de ocupados chegou a 102,4 milhões — o maior número já registrado pelo IBGE.

A evolução histórica mostra que, apesar de a taxa nacional ter recuado para a 2ª menor já registrada, o volume absoluto de trabalhadores informais cresce com força, impulsionado por empregos precários, baixos salários, alta rotatividade e ausência de políticas de formalização efetivas.

Quem mais sofre com a informalidade? Dados revelam perfis mais vulneráveis

O levantamento do IBGE aponta os grupos mais afetados pelo trabalho sem direitos:

Por idade

10 a 17 anos: 72,4%

Mais de 60 anos: 53,5%

18 a 24 anos: 39,6%

A informalidade é mais alta justamente entre jovens que tentam entrar no mercado e idosos que continuam trabalhando para complementar renda.

Por escolaridade

A informalidade despenca conforme sobe o nível de instrução:

Sem instrução: 71,5%

Ensino fundamental incompleto: 63,5%

Ensino médio incompleto: 51,8%

Ensino superior completo: 19%

Ou seja: quanto menor a escolaridade, maior o risco de cair na informalidade.

Por cor

Pardos: 42,6%

Pretos: 40,7%

Brancos: 32,1%

A desigualdade racial se confirma mais uma vez.

Estados do Norte e Nordeste concentram informalidade mais alta do país

Além dos seis Estados onde a informalidade ultrapassa o emprego formal, as regiões Norte e Nordeste também lideram no total de trabalhadores informais:

Nordeste: 11,7 milhões

Norte: 4,2 milhões

O cenário reforça que o desafio da formalização é regionalizado e estrutural — e depende de políticas públicas consistentes, planejamento de longo prazo e incentivo à geração de empregos de qualidade.

O que dizem os números?

A soma dos indicadores traça um quadro preocupante:

A informalidade no Brasil está na 2ª menor taxa da história, mas…

O número de pessoas sem direitos trabalhistas é o maior já registrado.

Jovens, idosos, pessoas com baixa escolaridade e negros são os mais prejudicados.

Norte e Nordeste concentram os piores índices e superam amplamente a média nacional.

Em outras palavras: o trabalho sem direitos cresce onde a população é mais vulnerável, aprofundando desigualdades sociais, econômicas e regionais.

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