A Bahia enfrenta uma das piores crises de segurança pública de sua história. São 10 anos consecutivos liderando o ranking nacional de homicídios e 7 das 10 cidades mais violentas do país estão em território baiano. Diante desse cenário alarmante, a oposição intensifica o tom e cobra respostas concretas do Governo do Estado.
Em evento recente, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, fez um duro diagnóstico sobre a gestão do governador Jerônimo Rodrigues (PT):
“Infelizmente, o que falta na Bahia é governador. Nós temos um governador omisso, passivo, que fecha os olhos, que vira as costas e que desconhece o problema tão grave vivido hoje na segurança pública do nosso Estado.”
A crítica de Neto não é isolada. Ela ecoa o sentimento de parte significativa da população que se vê acuada diante do avanço da criminalidade, especialmente nas grandes cidades e periferias. A ausência de medidas eficazes e o silêncio do governo diante da escalada da violência têm acentuado a percepção de fragilidade institucional.
“A Bahia se tornou, infelizmente, um péssimo exemplo nacional no enfrentamento à criminalidade”, completou Neto, destacando que o problema, embora de natureza nacional, é particularmente agudo no estado.
O evento, segundo o ex-prefeito, não foi apenas para listar problemas, mas também para apontar caminhos. Ele defendeu a construção de soluções práticas, com base em gestão eficiente, comando firme e políticas públicas eficazes de segurança.
A crítica mais contundente recai sobre a ausência de protagonismo do atual governador. Para ACM Neto, falta coragem para assumir responsabilidades e liderar um processo de mudança real:
“Falta governador na Bahia. E falta mesmo”, resumiu.
A segurança pública, tradicionalmente um dos pilares mais sensíveis da administração estadual, entrou de vez no centro do debate político baiano. E diante da escalada de mortes, assaltos e medo, a cobrança da sociedade é por menos discursos e mais ação.
