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ACM Neto ganha força com alianças nacionais e pressiona base de Jerônimo
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ACM Neto ganha força com alianças nacionais e pressiona base de Jerônimo

As peças do xadrez político começaram a se mover com mais nitidez rumo a 2026. Em meio às articulações nacionais por federações e alianças partidárias, ACM Neto (União Brasil) volta a ganhar tração como principal nome da oposição baiana ao governador Jerônimo Rodrigues (PT), que enfrentará o desafio da reeleição com uma base mais pressionada e menos autônoma do que em 2022.

Naquele pleito, ACM Neto sofreu os efeitos colaterais da polarização entre Lula e Bolsonaro. Agora, o cenário nacional joga a seu favor. A federação entre União Brasil e PP fortalece o ex-prefeito de Salvador e retira, ao menos formalmente, o PP da base petista na Bahia. Como o comando da nova federação no estado ficará com o União Brasil — partido no qual Neto é vice-presidente nacional —, os pepistas passam a seguir a linha da oposição em nível estadual.

E não para por aí.

📌 MDB e Republicanos em rota de colisão
Outro movimento que pode impactar diretamente a base de Jerônimo é a possível federação entre MDB e Republicanos. O problema? Enquanto o MDB abriga o vice-governador Geraldo Júnior e integra a base petista, o Republicanos atua no campo da oposição. Os dois partidos já disputam o comando da federação na Bahia antes mesmo de ela sair do papel.

O Republicanos leva vantagem no número de deputados federais. Já o MDB aposta na aliança histórica com o PT como trunfo. A decisão, no entanto, será nacional — e pode desagradar aliados baianos.

🔄 Fusão por sobrevivência
A fusão entre PSDB e Podemos, motivada mais por sobrevivência partidária do que por afinidade ideológica, é mais uma peça nesse quebra-cabeça. O Podemos está com Jerônimo. O PSDB, com ACM Neto. O acordo proposto — de comando estadual para um e municipal para outro — não foi aceito pelos tucanos. Resultado: a tendência é que a nova sigla se alinhe à oposição.

🚫 A ausência de Bolsonaro e o novo cenário
Em 2022, ACM Neto optou pela neutralidade na disputa presidencial. A ausência de Bolsonaro em 2026 muda tudo. O ex-prefeito já declarou que terá um posicionamento mais claro — e pode embarcar em uma candidatura de centro-direita para enfrentar Lula.

O União Brasil lançou o nome de Ronaldo Caiado (GO) como pré-candidato à Presidência, mas Neto defende uma unificação do campo anti-PT, e aposta alto em um nome: Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo. A simpatia é mútua — e o movimento tem o apoio de Gilberto Kassab (PSD), que articula para emplacar Tarcísio nacionalmente.

A incógnita, no entanto, está na Bahia: como o PSD baiano, principal aliado de Jerônimo, reagirá caso a sigla seja arrastada nacionalmente para um projeto com ACM Neto? Otto Alencar diz que nada muda. Mas Ângelo Coronel já dá sinais de desconforto com a falta de espaço na chapa petista e pode puxar o partido para outro rumo.

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