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Adolfo Menezes expõe bastidores: ex-prefeitos já antecipam eleição de 2026 na Bahia
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Adolfo Menezes expõe bastidores: ex-prefeitos já antecipam eleição de 2026 na Bahia

O ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), deputado Adolfo Menezes (PSD), voltou aos holofotes nesta semana com declarações que mexeram nos bastidores da política baiana. Em entrevista à TV Band, Menezes afirmou que nunca teve interesse em disputar uma vaga na Câmara Federal, mas deixou aberta a possibilidade de ser indicado ao Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA), citando inclusive a eventual saída do atual presidente da Corte, Francisco Netto.

Mais do que falar de seus próprios rumos, o parlamentar decidiu abrir fogo contra a cena política. Classificou o Congresso Nacional como “um dos piores já vistos” e disparou contra ex-prefeitos que se preparam para tentar uma cadeira de deputado estadual em 2026. Segundo ele, o jogo já começou: seriam “16 ou 17 ex-prefeitos comprando todo mundo, como se não houvesse mais justiça na Bahia”.

A denúncia expõe um movimento recorrente da política local: prefeitos que deixam o cargo e retornam como candidatos, mantendo influência por meio de alianças forçadas e, muitas vezes, de práticas pouco republicanas. Menezes fala em uso de “laranjas” — prefeitos aliados que atuariam para abrir espaço às suas antigas lideranças, garantindo poder político e econômico mesmo após deixarem a prefeitura.

As acusações levantam uma questão central: até onde vai a antecipação da campanha e o abuso de poder econômico? Se confirmado, trata-se de um retrato preocupante da democracia, em que a renovação prometida nas urnas se perde diante do controle de grupos já estabelecidos.

Adolfo Menezes pode até ter sinalizado um futuro no TCM, mas sua fala deixou um recado claro: a corrida por 2026 já está nas ruas, marcada por velhas práticas e pelo distanciamento da política com o cidadão comum, que segue refém de arranjos de gabinete e acordos silenciosos.

A Bahia, mais uma vez, assiste ao filme repetido: denúncias de compra de apoio, campanhas antecipadas e a sensação de que o jogo político sempre começa antes da hora — mas quase nunca termina com benefícios para a população.