A política de Salvador segue em ebulição. A vice-prefeita Ana Paula Matos (PDT) aproveitou as comemorações dos 20 anos do Republicanos, em Salvador, para enviar recados sobre o futuro de sua trajetória. Em meio ao desgaste entre o PDT e o União Brasil — que levou ao rompimento da aliança nacional —, Ana Paula mostrou cautela, mas não escondeu simpatia por uma possível aproximação com o partido comandado pelo deputado federal Márcio Marinho.
“Esse partido está há 20 anos ajudando a fortalecer a democracia, com uma boa legislação e atuação, e eu e o prefeito Bruno somos honrados de ter o Republicanos na nossa base”, afirmou, destacando a presença da legenda no arco de sustentação do prefeito Bruno Reis (União Brasil).
Questionada sobre uma eventual mudança de sigla, Ana Paula evitou respostas diretas, mas deixou a porta aberta: “O futuro político e para que sigla eu vou ou não vai depender muito do grupo, dessas pessoas, e de vários partidos. Mas aqui eu me sinto amada. É um partido que tem propósito. Se tiver que ser aqui, será com alegria e honra.”
A fala revela o jogo de cintura da vice-prefeita, que observa o cenário com atenção. Com o PDT enfraquecido após o rompimento com o União, Ana Paula busca manter espaço para 2026, seja como nome próprio ou em composição com Bruno Reis e aliados. A aproximação com o Republicanos, que já integra a base municipal, pode se tornar um caminho natural para garantir musculatura política em um tabuleiro cada vez mais fragmentado.
No xadrez da sucessão, a mensagem é clara: Ana Paula não pretende ficar presa a amarras partidárias. E quem estiver disposto a oferecer espaço real de protagonismo pode ganhar uma aliada estratégica em Salvador.