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Aposentados vivem angústia e desamparo diante do caos no atendimento da Suprev
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Aposentados vivem angústia e desamparo diante do caos no atendimento da Suprev

Enquanto o Governo da Bahia mantém o discurso de eficiência na gestão previdenciária, a realidade enfrentada por milhares de aposentados e pensionistas é marcada por atrasos, desinformação e cortes sumários de benefícios. A Suprev — Superintendência de Previdência do Estado — tem sido alvo constante de críticas por parte de servidores inativos e familiares, especialmente quando se trata do fim das pensões por idade dos dependentes.

Corte automático aos 18 anos: uma sentença silenciosa
A maior queixa gira em torno da suspensão automática da pensão paga a filhos de servidores públicos quando estes completam 18 anos. Sem aviso prévio, sem chance de contestação e sem tempo para reunir documentos, muitos beneficiários são surpreendidos com o bloqueio total do valor mensal — o que, na prática, viola o princípio do contraditório e do direito à informação.

Casos de estudantes universitários e dependentes com necessidades especiais são os mais delicados: mesmo amparados legalmente para manter o benefício, têm a pensão suspensa sem qualquer canal de revisão ágil e claro.

Falta de orientação e perda de retroativos
A crítica não se resume ao corte em si, mas à forma como o processo é conduzido. Não há transparência sobre os prazos para revisão ou revalidação das cotas. Muitos pensionistas, já abalados emocionalmente, ficam sem saber por onde começar, o que apresentar, nem quanto tempo esperar. O resultado? Famílias em dificuldade e, frequentemente, prejuízos financeiros irreparáveis com retroativos que deixam de ser pagos por perda de prazos que jamais foram informados.

Suprev tem estrutura, mas falha onde mais importa
Apesar da existência de canais presenciais via SAC, do site do RH Bahia e até de atendimento telefônico, os relatos apontam um serviço desarticulado e moroso, que não responde com eficiência à urgência de quem depende da pensão para viver.

“Fiquei semanas tentando entender o que tinha acontecido. Só descobri quando fui ao banco e vi que não caiu nada. Liguei, agendei, e nada de resposta concreta. Enquanto isso, contas vencendo e nenhuma informação do Estado”, relatou a filha de um servidor falecido, que teve o benefício suspenso após completar 18 anos — mesmo cursando uma faculdade e tendo direito à manutenção da pensão.

Enquanto o governo se silencia, os pensionistas pagam a conta
O Governo da Bahia precisa explicar:

Por que não há notificação prévia dos cortes?

Por que não existe um protocolo automático para revisão nos casos previstos por lei?

E por que o Estado não garante um prazo mínimo de contestação antes de suspender o pagamento de pensões?

A política previdenciária não pode tratar quem contribuiu com o serviço público como números de planilha. É preciso respeito, transparência e humanidade.

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