A Bahia vive uma tragédia silenciosa. Segundo levantamento do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com População em Situação de Rua (OBPopRua), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o estado alcançou 16.603 pessoas vivendo nas ruas em 2025 — um aumento de 188% em apenas três anos.
O número é quase três vezes maior que o registrado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, quando o total era de 5.757 pessoas.
Os dados mostram que 93,5% dessa população vivia em extrema pobreza na época e 6,3% tinham mais de 60 anos. Hoje, o quadro é ainda mais grave, refletindo o colapso das políticas sociais e a ausência de estratégias eficazes do governo estadual para conter o avanço da miséria.
📉 Um retrato de abandono
O crescimento explosivo da população de rua acompanha a tendência nacional, mas o desempenho baiano é um dos mais alarmantes.
O Brasil saltou de 138 mil pessoas em situação de rua em 2018 para 358 mil em 2025, um aumento de 150%.
Na Bahia, a escalada é ainda mais cruel — resultado direto da combinação entre desemprego, inflação dos alimentos e aluguéis e a falta de políticas habitacionais concretas.
🏚️ Direitos ignorados
O estudo da UFMG destaca que o país continua descumprindo a Constituição Federal de 1988, que garante o direito à moradia digna.
Sem transparência nos dados e sem políticas públicas efetivas, a desigualdade social se aprofunda, e o estado mais governado pelo PT nas últimas décadas se transforma num espelho da falência social brasileira.
🔍 A conta que não fecha
Enquanto o discurso oficial fala em “Brasil de volta ao mapa da esperança”, o que cresce mesmo é o número de brasileiros sem teto.
E na Bahia, onde o governo estadual insiste em propaganda e slogans, a realidade nua e crua é a de milhares de pessoas dormindo sob marquises, viadutos e praças — abandonadas por um Estado que se diz social, mas virou especialista em fabricar desigualdade.





