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Bahia amarga 24ª posição em desenvolvimento e lidera retrocessos sociais
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Bahia amarga 24ª posição em desenvolvimento e lidera retrocessos sociais

Mais de 70% dos baianos vivem em áreas com baixo desenvolvimento, aponta novo índice nacional
O novo levantamento do IFDM (Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal), divulgado nesta quinta-feira (8), escancarou um retrato incômodo: mais de 70% da população da Bahia vive em cidades com condições baixas ou críticas de desenvolvimento humano. Em números absolutos, são cerca de 10 milhões de baianos à margem dos avanços mais básicos em saúde, educação, emprego e renda.

O índice, elaborado com base em dados de 2023, coloca a Bahia na 24ª posição entre os 27 estados da federação, à frente apenas do Pará, Maranhão e Amapá. Segundo o estudo, 68% da população vive em municípios com desenvolvimento “baixo” e outros 2,5% em áreas com situação considerada “crítica”. Nenhuma cidade baiana figura entre as 500 mais desenvolvidas do país.

Mesmo Salvador, capital do estado, amarga a 24ª colocação no ranking das capitais brasileiras, com nota 0,6442 numa escala que vai de 0 a 1. A capital paranaense, Curitiba, lidera a lista com nota 0,8855. Ainda que tenha melhorado em relação à década passada, Salvador continua no mesmo posto, o antepenúltimo.

A Firjan destaca que houve avanços pontuais desde 2013, quando a Bahia figurava na faixa de desenvolvimento considerado “crítico”. Hoje, 90,4% dos municípios baianos seguem em nível “baixo” e apenas 4,6% conseguiram alcançar a classificação “moderada”.

No entanto, os dados apontam para uma estagnação sistêmica. A Bahia concentra 93 das 500 piores cidades do país em termos de desenvolvimento. A distância entre o discurso oficial e a realidade nas ruas cresce a cada novo indicador revelado.

Em um estado que lidera os rankings de violência, desemprego e evasão escolar, o desafio vai muito além das promessas de campanha. O que está em jogo é a dignidade de milhões e a urgência de repensar um modelo de gestão que, mesmo após duas décadas no poder, segue entregando números vergonhosos em áreas essenciais.

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