A educação básica na Bahia chegou ao fundo do poço. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Ministério da Educação (MEC), com base no levantamento do Inep, o estado registrou o pior desempenho do país no Indicador Criança Alfabetizada.
Apenas 36% dos alunos baianos do 2º ano do ensino fundamental conseguem ler e escrever textos simples — um índice vergonhoso, muito abaixo da média nacional de 59,2%. A meta do governo federal para 2024 era de, no mínimo, 60% das crianças alfabetizadas até os 7 anos. A Bahia não chegou nem perto.
Enquanto isso, estados como Ceará (85,3%), Goiás (72,7%), Minas Gerais (72,1%) e Espírito Santo (71,7%) alcançaram ou superaram a meta. A Bahia ficou atrás até mesmo de regiões historicamente com menos estrutura educacional.
Apesar dos discursos otimistas sobre investimentos na educação e promessas de transformação, os números revelam o que os pais e professores já sabem há tempos: a alfabetização das nossas crianças está em colapso.
A situação é grave. Não se trata apenas de um dado estatístico — é um reflexo direto da falta de prioridade, da má gestão educacional e do descaso com o futuro de milhares de baianos.
Enquanto o governo do estado insiste em autopromoção e propaganda institucional, o básico segue negligenciado. E o básico, nesse caso, é a capacidade de uma criança ler e escrever.
A pergunta que fica é: quem vai se responsabilizar? Até quando a Bahia vai naturalizar o fracasso e seguir como lanterna em um tema tão essencial?
📉 Educação que não ensina, futuro que não chega.