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Bahia sob cerco: facção manda mais que o Estado em Caraíva
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Bahia sob cerco: facção manda mais que o Estado em Caraíva

O que era para ser um dos destinos turísticos mais encantadores do Brasil virou, nos últimos dias, o retrato cruel do avanço da criminalidade no estado da Bahia. O vilarejo de Caraíva, no município de Porto Seguro, viveu um fim de semana de terror após a facção Anjos da Morte (ADM) decretar toque de recolher em resposta à morte de um de seus líderes durante uma operação policial.

Comerciantes foram ameaçados diretamente e pelas redes sociais. As ordens vinham com um recado seco e direto: “Quem não colaborar vai sofrer as consequências.” Resultado? Pousadas fechadas, restaurantes com as portas abaixadas, travessia do rio suspensa e ruas vazias. O medo tomou o lugar dos turistas — e a Bahia, mais uma vez, virou manchete por aquilo que deveria combater com prioridade: a violência desenfreada.

O estopim foi a operação policial que resultou na morte de Victor Cerqueira Santos Santana, conhecido como “Vitinho”, guia turístico conhecido da região. A polícia diz que ele fazia parte do grupo criminoso e atuava como segurança do traficante morto na ação. A família contesta, afirma que ele era inocente, e o episódio alimentou ainda mais a tensão local.

Enquanto isso, a facção ADM, ligada ao Bonde do Maluco e com conexões com o PCC, segue expandindo seu território no sul da Bahia. Trancoso, Arraial d’Ajuda e Santa Cruz Cabrália já sentem os efeitos do avanço criminoso. A população, por sua vez, convive com um Estado que promete segurança e entrega medo.

Caraíva é o retrato de uma Bahia que se vende como cartão-postal, mas vive sob toque de recolher.

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