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Blindagem segura secretário criticado na Bahia
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Blindagem segura secretário criticado na Bahia

Mesmo diante de críticas de artistas, produtores culturais e dos baixos resultados apresentados até agora, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) decidiu manter Bruno Monteiro no comando da Secretaria de Cultura da Bahia. A blindagem é explícita e tem raízes políticas que vão além da gestão.

Monteiro, gaúcho e sem histórico consolidado no cenário cultural baiano, assumiu a pasta no início do governo e, desde então, tem sido alvo de cobranças. O setor denuncia falta de planejamento, condução considerada falha e pouco transparente em editais e projetos, além da ausência de respostas concretas às demandas da classe artística. O resultado é um crescente clima de insatisfação e um coro cada vez mais forte por sua saída.

As críticas ganharam ainda mais força quando a ministra da Cultura, Margareth Menezes, baiana e referência nacional, manifestou apoio a artistas locais que se dizem prejudicados pela atual gestão estadual. A aproximação de Margareth com o setor intensificou os diálogos e deu novo fôlego à pressão.

Nos bastidores, no entanto, o recado é claro: a demissão de Bruno Monteiro não está em cogitação. O motivo vai além da política cultural. Monteiro é indicação direta do senador e ex-governador Jaques Wagner, além de ser visto como próximo da primeira-dama Janja Lula da Silva, fatores que reforçam sua blindagem no cargo.

O impasse escancara um dilema. De um lado, um setor cultural fragilizado, que clama por protagonismo, eficiência e transparência. De outro, a força das articulações políticas que sustentam Monteiro mesmo em meio ao desgaste. Enquanto a classe artística pede soluções concretas para destravar gargalos históricos, o governo opta por preservar arranjos internos, arriscando a perda de fôlego da cultura baiana — um setor vital para a identidade e a economia do estado.

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