O trabalhador baiano segue sentindo no bolso o peso da inflação nos itens essenciais. De acordo com levantamento do Dieese, a cesta básica em Salvador teve um aumento de 0,76% entre fevereiro e março, alcançando R$ 633,58. No acumulado de 2025, o crescimento já é de 8,51%, o maior entre todas as capitais brasileiras.
Apesar disso, Salvador ainda aparece como a quarta capital com a cesta mais barata do país. Em São Paulo, a mesma cesta custa R$ 880,72, após uma alta de 2,35% no último mês.
O estudo também escancara um dado que expõe o descompasso entre o custo de vida e a renda do brasileiro: para manter uma família de quatro pessoas, o salário mínimo deveria ser de R$ 7.398,94 — quase cinco vezes o valor atual, reajustado para R$ 1.518,00.
Na capital baiana, mais de 45% do salário mínimo é consumido só com os itens da cesta básica. O principal vilão é o café, que acumulou alta de 106% nos últimos 12 meses. Por outro lado, houve queda no preço da carne bovina e do feijão, um alívio pequeno diante da pressão contínua sobre os alimentos.
📍Em um cenário onde o essencial pesa mais a cada mês, o poder de compra do trabalhador segue encolhendo silenciosamente, mas de forma constante.