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Com cargos discretos, auxiliares do Planalto embolsam até R$ 30 mil por mês
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Com cargos discretos, auxiliares do Planalto embolsam até R$ 30 mil por mês

Em tempos de arrocho fiscal e promessas de austeridade, um detalhe passa quase despercebido fora dos corredores de Brasília: assessores diretos de Lula, Fernando Haddad e Rui Costa estão embolsando quase o dobro dos seus salários, graças a cargos discretos em uma estatal do Distrito Federal chamada Terracap, uma espécie de “imobiliária pública” da capital.

Desde julho de 2023, nomes como Marco Aurélio “Marcola” Ribeiro, braço direito do presidente, e Laio Correia Morais, chefe de gabinete do ministro da Fazenda, integram o conselho de administração da empresa. Pela função — que exige presença em apenas uma reunião mensal — cada um recebe R$ 10,8 mil extras por mês, fora o salário do cargo que já ocupam no governo.

O impacto? Marcola, por exemplo, passou de R$ 18,8 mil para R$ 29,7 mil mensais. Correia Morais chega a R$ 30,7 mil, considerando que também integra outro conselho, o da EMGEA. Na lista ainda estão Talita Pessoa, assessora pessoal de Rui Costa, e Maurício Muniz Barretto de Carvalho, ligado à Casa Civil. Todos com salários elevados graças aos chamados jetons — mecanismo legal, mas constantemente criticado por sua falta de transparência e distanciamento da realidade do serviço público comum.

A crítica não é apenas pelo valor, mas pelo perfil político dos nomeados: boa parte deles nunca atuou diretamente na área de gestão de ativos imobiliários ou urbanismo, como exige a missão da Terracap. Apenas Barretto tem histórico compatível, tendo atuado no PAC e em secretarias de planejamento.

A empresa, fundada em 1973, é controlada majoritariamente pelo governo do DF, mas a União detém 49% de participação — o que garante ao governo federal o direito de indicar membros ao seu conselho. O despacho com as nomeações foi assinado pelo próprio Ministério da Fazenda.

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