A tão anunciada COP30, que o governo Lula vendia como a oportunidade de recolocar o Brasil no centro das decisões climáticas globais, terminou deixando exatamente o oposto: um rastro de constrangimento, caos organizacional e descrédito. O encontro, realizado em Belém, deveria simbolizar o “retorno do protagonismo brasileiro”. No entanto, se transformou em um dos maiores fiascos diplomáticos recentes, repetindo a lógica de promessas grandiosas e entregas mínimas que têm marcado o atual governo.
Segundo o relatório do Farol da Oposição, três problemas ficaram evidentes:
- Ausência de compromissos concretos
O governo não apresentou metas reais de redução de emissões, nem avanços sobre combustíveis fósseis — justamente o tema mais pressionado pela comunidade internacional. O discurso ambiental do Planalto ficou restrito a declarações políticas, sem cronograma, metas auditáveis ou resultados verificáveis. - Fracasso no financiamento climático
Lula chegou a anunciar valores bilionários em fundos para países pobres, mas entregou apenas 25% do prometido. A inconsistência entre discurso e prática gerou desconfiança entre delegações estrangeiras e foi apontada como um dos motivos da perda de credibilidade brasileira. - Estrutura improvisada e episódios constrangedores
A conferência enfrentou episódios que viralizaram mundo afora: tumultos, falhas de logística, protesto inédito da ONU contra desorganização e até um princípio de incêndio. Imagens de documentos espalhados, salas destruídas e confusão generalizada se tornaram símbolo de um país que, apesar de prometer liderança ambiental, não conseguiu sequer garantir infraestrutura adequada para o evento.
Enquanto isso, o próprio governo buscava maquiar os problemas, centrando a narrativa em discursos ideológicos e desviando o foco daquilo que realmente importava: compromissos firmes e capacidade técnica para liderar o debate climático global.
O resultado é simples e preocupante:
a COP30 terminou menor do que começou — e o Brasil também.
Em vez de protagonismo, ficou a sensação de um país que perdeu a oportunidade de liderar pelo exemplo e acabou virando manchete pelo motivo errado.
Se o mundo cobra ação, o governo segue entregue ao improviso.





