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Correios afundam no vermelho após empréstimo bilionário
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Correios afundam no vermelho após empréstimo bilionário

Os Correios voltaram ao centro do debate nacional após divulgarem um número que acende o alerta máximo: prejuízo de R$ 6,1 bilhões entre janeiro e setembro de 2025. O resultado, oficializado na sexta-feira (28), quase triplica as perdas registradas no mesmo período do ano passado e confirma a pior crise financeira da estatal em décadas.

O rombo surge pouco depois da empresa anunciar um plano de reestruturação que inclui um empréstimo bilionário para evitar colapso operacional. O problema é que, na prática, a foto das contas mostra que a sangria não foi estancada — ao contrário, se acelerou.

Contas no vermelho desde 2023

A deterioração não começou agora. Os Correios acumulam prejuízos consecutivos desde 2023, sem apresentar sinais reais de recuperação. A queda drástica na demanda por serviços tradicionais — como envio de cartas, documentos e boletos — somada à concorrência agressiva do setor privado no e-commerce, fragilizou ainda mais a estrutura da estatal.

Do outro lado, os custos continuam altos: folha de pagamento robusta, infraestrutura cara, passivos trabalhistas e necessidade constante de manutenção de milhares de agências espalhadas pelo país.

Reestruturação: solução ou paliativo?

O plano anunciado pela direção prevê corte de despesas, reorganização administrativa e busca por crédito para reforçar o caixa. Mas no mercado político e econômico, cresce a dúvida: o empréstimo bilionário servirá para ajustar a empresa ou apenas para empurrar o problema?

Enquanto isso, o usuário final percebe o efeito no atendimento: atrasos, agências fechadas e um sistema que tenta operar com recursos cada vez mais escassos.

Crise reacende debate sobre o futuro da estatal

A situação reacendeu o embate sobre a privatização dos Correios, tema que divide governo, sindicatos e setores estratégicos. Para especialistas, o prejuízo histórico pressiona o governo a responder por que a estatal se encontra em tamanho desequilíbrio — e quais medidas reais serão tomadas para impedir o aprofundamento do buraco financeiro.

O fato é que a maior empresa pública de logística da América Latina vive seu momento mais delicado. E, com o prejuízo acumulado, o Brasil assiste a mais um capítulo da crise que, se não for enfrentada com seriedade, pode comprometer a sobrevivência da instituição nos próximos anos.

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