O Supremo Tribunal Federal está em ebulição. A prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, acendeu um sinal de alerta não apenas fora dos tribunais, mas dentro da própria Corte.
Segundo apuração da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, a decisão foi duramente criticada por outros ministros, que classificaram a medida como “exagerada, desnecessária e insustentável do ponto de vista jurídico”. Mais que um julgamento, o ato de Moraes gerou desconforto interno e abriu espaço para um racha explícito entre os membros do STF.
🚨 Um alerta sobre os limites do poder
Nos bastidores, já se fala em reconsideração da decisão. A crítica, desta vez, não veio da oposição nem das ruas — mas de dentro da própria toga. Parte dos ministros da Primeira Turma não participou do julgamento e estranhou a velocidade e a rigidez da medida, o que reacendeu um velho debate: até onde vai o poder de um ministro do Supremo?
Em um país que luta por equilíbrio entre os poderes, o episódio mostra que a centralização das decisões judiciais em figuras isoladas não passa mais despercebida — nem mesmo entre os pares.
🧩 Justiça ou politicagem?
A prisão do ex-presidente, além de impactar o cenário político, agora exige explicações jurídicas. Afinal, quando até ministros da mais alta Corte do país começam a questionar os próprios procedimentos internos, é sinal de que algo saiu do eixo institucional.
A Justiça, para ser legítima, precisa se mostrar coesa, proporcional e transparente. Quando decisões monocráticas ganham tom de arbitrariedade, o risco é de perder credibilidade e aprofundar divisões já sensíveis na democracia brasileira.
A pergunta que não quer calar: a Justiça está sendo feita ou sendo usada?