O escândalo no INSS desabou como uma bomba no colo do governo Lula e matou qualquer chance de recuperação nas pesquisas. O presidente tenta escapar da culpa, mas os números não mentem: o povo entendeu quem é o responsável.
Segundo pesquisa Ipsos-Ipec, feita entre os dias 5 e 9 de junho com dois mil eleitores em 132 municípios, 54% dos brasileiros consideram péssima ou ruim a atuação do governo nas denúncias de fraudes no INSS. Apenas 22% classificam como boa ou ótima. É o retrato da frustração.
A pesquisa também mostrou que a narrativa oficial do Planalto não colou. Só 35% acreditam que o esquema começou no governo Bolsonaro e foi desmantelado por Lula. Já 43% afirmam que foi na gestão atual que os valores das fraudes explodiram. Outros 6% acham que os dois governos têm responsabilidade.
A verdade é que o esquema de desvio segue sem respostas concretas. Quase dois meses após o escândalo estourar, ninguém sabe quanto foi roubado, quem vai devolver e quando os aposentados vão ser ressarcidos.
Mesmo uma pesquisa encomendada pelo próprio governo já alertava: só haverá trégua quando os culpados forem punidos e os valores, devolvidos. Mas até agora, o que se vê é paralisia, discursos vazios e um presidente cada vez mais desconectado da realidade de quem foi lesado.
O que está em jogo não é apenas dinheiro público. É a dignidade de milhares de brasileiros que trabalharam a vida inteira e agora assistem calados ao circo da impunidade montado em Brasília.
O povo exige justiça. Mas o governo parece mais preocupado em salvar sua própria pele.
