O senador Jaques Wagner (PT-BA) foi direto ao ponto ao comentar o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Sem rodeios, classificou a ação como “um golpe” e apontou manobras e pressões obscuras por trás da decisão judicial que destituiu o dirigente baiano do cargo.
“Na minha opinião, deram um golpe”, disparou Wagner em entrevista, ao afirmar que a gestão de Ednaldo não apresentava irregularidades que justificassem tal desfecho. Para o senador, a insatisfação com o desempenho da Seleção em campo foi apenas a cortina de fumaça usada por aqueles que queriam tomar o comando da entidade.
Segundo ele, o próprio Ednaldo entrou com recurso para reverter a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, mas recuou diante do peso das ameaças e da pressão sobre sua família. “A família estava amedrontada. Isso foi feito de forma totalmente arbitrária e manipulada”, disse Wagner.
A saída de Ednaldo, que ocupava o cargo após o afastamento de Rogério Caboclo, reacende o debate sobre os bastidores da CBF — uma instituição historicamente marcada por disputas políticas, interesses privados e pouca transparência. Para Wagner, a manobra mostra que nem mesmo os avanços recentes conseguiram blindar o futebol brasileiro de velhos vícios.
“Ednaldo estava tentando fazer diferente. Talvez isso tenha incomodado”, completou o senador.