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Fusão à força? Deputado Niltinho sugere debandada do PP
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Fusão à força? Deputado Niltinho sugere debandada do PP

A novela da federação entre Progressistas (PP) e União Brasil segue rendendo capítulos tensos nos bastidores da política baiana — e o deputado estadual Niltinho resolveu colocar o dedo na ferida.

Apesar do anúncio da federação feito por caciques nacionais, o martelo ainda não foi batido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E, enquanto isso, a base do PP na Bahia resiste — e muito.

“Se essa federação se confirmar, a bancada estadual do PP vai buscar uma nova legenda, em bloco”, afirmou o deputado em tom firme. A fala escancara um movimento silencioso, mas em curso: o desconforto da ala governista do PP baiano com a possibilidade de se ver obrigada a caminhar lado a lado com figuras alinhadas à oposição ao governador Jerônimo Rodrigues (PT).

📌 Um casamento arranjado?
A possível união com o União Brasil — partido que abriga nomes como ACM Neto — soa para muitos progressistas baianos como um casamento sem afinidade, imposto de cima pra baixo. A federação amarraria os dois partidos por pelo menos quatro anos, exigindo fidelidade e decisões em conjunto. Na prática, seria impossível manter a atual aliança estadual com o governo do PT, sob risco de infidelidade partidária.

Niltinho deixa isso claro ao dizer que “até agora tudo é especulação” e que os parlamentares estaduais do PP “seguem alinhados com o projeto estadual”.

Ou seja, o imbróglio é real — e pode custar caro aos planos eleitorais de 2026.

⚠️ Efeito dominó à vista
A fala do deputado também sinaliza um efeito dominó: se a federação for mesmo homologada, o racha no PP baiano não será discreto. A debandada seria em bloco. Todos os deputados estaduais do partido já teriam manifestado desejo de deixar a sigla para manter sua coerência política e a parceria com o Palácio de Ondina.

Em outras palavras: não vão aceitar serem empurrados para o palanque de ACM Neto sem luta.

🤝 Brasília decide, a Bahia resiste
Enquanto Brasília pesa seus acordos com o governo federal — ocupando ministérios, negociando espaços —, na Bahia, o foco continua sendo a governabilidade e a coerência com a realidade local. A pressão é grande. Mas como disse o próprio Niltinho, se for pra cair, que seja de pé: “Vamos buscar juntos uma nova legenda”.

A pergunta que fica: quem vai ceder primeiro — o alto clero de Brasília ou a base baiana que não aceita retroceder?

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