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“Governo sem norte”: Risério volta a criticar Lula e diz que gestão parece “uma barata tonta”
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“Governo sem norte”: Risério volta a criticar Lula e diz que gestão parece “uma barata tonta”

O escritor e antropólogo baiano Antonio Risério, de 71 anos, voltou a disparar duras críticas contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista ao site Poder360, publicada neste domingo (7), Risério afirmou que o atual governo “não tem projeto de país” e está “sem direção”. A declaração mais impactante? “Lula parece uma barata tonta. Na política externa, uma barata tonta de esquerda. Na política interna, uma barata tonta de centro.”

A fala não veio de um adversário político tradicional. Risério é autor do discurso de posse de Lula em 2003 e já se definiu como um “homem de esquerda”. O tom da entrevista, no entanto, revela seu crescente desencanto com o petismo. Para ele, o governo abandonou o debate sobre o Brasil profundo e se perdeu em pautas simbólicas e discursos desconectados da realidade da população.

Risério também criticou o que chamou de “domínio identitário” dentro da esquerda, dizendo que isso tem sufocado a construção de um projeto nacional consistente. “Não vejo compromisso com o futuro. É um governo que administra o presente com um olho na reeleição, e o outro, na vingança política”, afirmou.

Para o escritor, o Planalto opera com base em slogans e improvisações. Ele questiona a ausência de um plano claro para áreas estruturantes como educação, saúde e infraestrutura. “Cadê o projeto de nação? Cadê o plano de desenvolvimento?”, indagou, destacando que Lula governa “como se estivesse ainda em campanha”.

Além da crítica ao conteúdo do governo, Risério aponta também uma falha grave de comunicação. Segundo ele, há um abismo entre Brasília e a percepção da população comum. “O povo quer emprego, segurança, escola de qualidade. E o governo entrega debates que só circulam em bolhas universitárias e nas redes sociais.”

Um aviso vindo de dentro

As críticas de Risério não devem ser ignoradas. Vêm de alguém que já esteve entre os entusiastas do projeto lulista, alguém que ajudou a escrever os símbolos fundadores da era petista no Planalto. Sua frustração revela mais do que uma divergência de opiniões: escancara um sentimento de orfandade intelectual dentro da própria esquerda — uma sensação de que o Brasil perdeu mais uma chance de se reinventar.

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