Siga-nos nas redes sociais

Siga-nos nas redes sociais

/
/
Greve em Salvador: Justiça dobra multa para R$ 200 mil e bloqueia verbas da APLB
banner-osoberano
Banner 1 Banner 2

Greve em Salvador: Justiça dobra multa para R$ 200 mil e bloqueia verbas da APLB

A greve dos professores da rede municipal de Salvador, liderada pela APLB, alcançou um novo patamar de tensão. A Justiça da Bahia aumentou o tom e a multa. Agora são R$ 200 mil por dia, com limite de R$ 5 milhões. A decisão, tomada pelo juiz Francisco de Oliveira Bispo, também determinou o bloqueio imediato de R$ 480 mil e a retenção das contribuições sindicais da entidade.

Mais que uma sanção, o recado do Judiciário é claro: a desobediência tem custo.

A paralisação, considerada ilegal desde 7 de maio, continua mesmo com sucessivos alertas e decisões judiciais. A Prefeitura de Salvador argumenta que o movimento compromete o funcionamento de creches, escolas e centros de apoio a alunos com deficiência. A merenda não chega, o transporte é prejudicado e famílias inteiras ficam sem alternativa. A Procuradoria do Município sustenta que a greve afeta diretamente os mais vulneráveis.

Na decisão mais recente, o juiz criticou a postura da APLB e destacou que o sindicato descumpriu reiteradamente os requisitos legais para o exercício da greve. Nem aviso prévio à administração pública, nem tentativa formal de negociação. Tudo ignorado. A Justiça entendeu que o sindicato seguiu por um caminho de confronto, não de diálogo.

A multa já havia sido majorada em maio, passando de R$ 15 mil para R$ 100 mil por dia. Agora dobra novamente. Além disso, a retenção das contribuições sindicais mina a estrutura financeira da APLB. A medida é dura. Mas há um limite entre o direito legítimo à greve e o uso desse instrumento sem responsabilidade institucional.

A APLB recorreu ao STF, mas não teve êxito. O ministro Dias Toffoli manteve a decisão do TJ-BA. Para a Justiça, o interesse coletivo da população está sendo negligenciado.

Enquanto o impasse se prolonga, quem paga o preço são os alunos da rede pública. Crianças fora da escola, pais desamparados, prejuízo pedagógico incalculável. A greve já deixou de ser apenas uma pauta salarial. Tornou-se um drama social.

A imagem que se impõe é de uma queda de braço onde todos perdem. A Justiça tenta mediar impondo sanções, a Prefeitura se vê refém da paralisia e o sindicato, sob pressão judicial, tenta sustentar um movimento que já custa caro demais.

No fim das contas, a sala de aula continua vazia. E o futuro de milhares de crianças da capital baiana segue em suspenso.

Deixe um comentário

Banner 1 Banner 2