O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a colocar em pauta um dos temas mais sensíveis do funcionalismo público: a estabilidade. Em entrevista ao podcast 3 Irmãos, ele defendeu que servidores que não apresentarem resultados não devem manter a garantia automática de permanência no cargo.
Segundo Haddad, a estabilidade é necessária para proteger os servidores de pressões políticas, mas não pode ser tratada como um “cheque em branco”. O ministro afirmou que é preciso vincular a proteção funcional a metas e avaliações de desempenho.
“O brasileiro paga imposto de primeiro mundo e recebe serviço de terceiro”, disse, em crítica direta à baixa qualidade de áreas essenciais como saúde, educação e segurança. Para ele, a frustração da população com os serviços públicos é evidente, sobretudo entre os mais pobres, que dependem do SUS e da escola pública.
Ao mesmo tempo em que reconhece a importância da estabilidade como ferramenta institucional, Haddad defende ajustes que aumentem a eficiência do Estado e garantam que o serviço prestado corresponda à expectativa de quem sustenta a máquina pública: o contribuinte.
