No último sábado (4), o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), cumpriu agenda institucional em Presidente Tancredo Neves (PTN), onde entregou a reforma do Colégio Estadual Maria Xavier e a nova base do pelotão da Polícia Militar. A visita, porém, aconteceu sob forte tensão popular. Em vez de aplausos, o que ecoou pelas ruas da cidade é o clamor por um bem básico que segue falhando: água.
O drama no abastecimento não é novo. Há anos, moradores enfrentam racionamentos severos, com relatos de que a água chega apenas a cada 8, 10 ou até 15 dias, quando chega. A Embasa, estatal responsável pelo fornecimento, já foi alvo de protestos pacíficos desde a gestão de Rui Costa, mas as promessas de solução feitas em 2021 seguem sem resultado prático.
“Reformar escola é importante. Segurança também. Mas de que adianta estudar e trabalhar sem ter água em casa?”, questiona um morador, refletindo o sentimento generalizado da população local.
O movimento de insatisfação ganhou fôlego nas redes sociais e novos protestos já estão marcados para este sábado, às 14h, em frente ao colégio onde o governador estará presente. Organizado por lideranças comunitárias, o ato busca pressionar o governo a apresentar medidas reais para resolver o colapso no abastecimento da cidade.
Mesmo diante da entrega de obras relevantes, o governo estadual não poderá ignorar a cobrança por dignidade. Em PTN, o problema é falta de escola, e, principalmente, falta de água. E isso não se resolve com discurso.
