O presidente do PL-Bahia e ex-ministro da Cidadania, João Roma, anunciou que o distanciamento político e pessoal em relação a ACM Neto ficou para trás. O reencontro dos dois no fim de semana, durante um evento em Vitória da Conquista, simbolizou a retomada de uma ponte que havia sido rompida nos últimos dois anos.
Roma destacou que a coincidência de agendas contribuiu para superar as diferenças: “Participamos juntos de um evento, mostrando sinergia e convergência. Depois, minha esposa Roberta esteve em um encontro social com Neto e sua família. Isso sela a superação desse momento difícil da política”.
Apesar de reafirmar sua pré-candidatura ao governo da Bahia em 2026, Roma admitiu que cresce a pressão por uma aliança com ACM Neto. Segundo ele, mais importante do que discutir nomes é debater o futuro da Bahia: “Precisamos encerrar esse ciclo de 20 anos do PT, que infelizmente não trouxe prosperidade para o povo baiano”.
O ex-ministro também fez críticas duras ao governo estadual. Usou como exemplo o drama de um paciente da cidade de Wagner, internado no Hospital Regional da Chapada Diamantina, em Seabra, que mesmo cadastrado não conseguiu atendimento por falta de regulação. “O povo ainda precisa pedir favor a políticos para não morrer. Em plena era tecnológica, é revoltante ver a população sendo vítima desse descaso”, desabafou.
Roma aproveitou para reforçar seu alinhamento com Jair Bolsonaro, defendendo a recuperação dos direitos políticos do ex-presidente: “Bolsonaro é o único presidente da história do Brasil preso sem ter cometido ato de corrupção. Está claro para mim e para grande parte do povo brasileiro que seu caso é de perseguição política”.
Com o gesto de aproximação a Neto, Roma recoloca no tabuleiro não apenas a possibilidade de uma chapa conjunta em 2026, mas também um recado claro: a oposição começa a se reorganizar, e a Bahia pode assistir a uma das eleições mais disputadas da história recente.