A política de Lauro de Freitas ganhou um novo capítulo neste fim de semana. Em tom firme, a prefeita Débora Régis (PL/União Brasil) mandou um recado direto para a ex-prefeita Moema Gramacho (PT):
“Quem mais lembra do meu nome é ela. Ela é quem precisa parar de lembrar de Débora e deixar Débora trabalhar.”
A frase, carregada de simbolismo, não é apenas um desabafo. É um marco da virada política em Lauro de Freitas: a atual prefeita se coloca como representante do presente e do futuro, enquanto aponta Moema como expressão de um passado que insiste em se manter vivo.
Moema governou o município por quatro mandatos, construiu uma base robusta e ainda tenta influenciar os rumos da cidade, mesmo após a derrota do seu candidato nas últimas eleições. Débora, por sua vez, aproveita o momento para marcar território e afirmar que não será sombra de ninguém.
Além da cutucada política, a prefeita anunciou um pacote de obras estruturantes — recapeamento de ruas, requalificação de praças e entrega de campos esportivos com grama sintética. Mais do que promessas, a estratégia é contrastar sua gestão com o modelo anterior, que ela acusa de priorizar “tapa-buracos” e deixar dívidas bilionárias.
O discurso de Débora também ganha peso ao ser sustentado por dados: segundo ela, Moema teria deixado uma dívida previdenciária de R$ 1 bilhão para o município. O ataque é direto: colocar no colo da ex-prefeita a conta que sufoca Lauro de Freitas.
No tabuleiro político, a mensagem é clara: Débora quer espaço para governar e se consolidar sem amarras do PT local. É um recado que ecoa além da cidade, revelando o embate entre a nova liderança em ascensão e a velha guarda que não aceita perder influência.
O Soberano questiona: até quando figuras políticas que já comandaram por décadas vão tentar ditar os rumos da Bahia como se fossem donas de feudo? A democracia exige renovação, e talvez Lauro esteja mostrando que o eleitor cansou do “mesmo de sempre”.